- Não entendo, podias ter qualquer homem no mundo, porquê eu?
Ela fitou-o durante uns segundos, sorriu e respondeu:
- Eu gosto de ti...
- És minha?
- É claro...
Ele aguardou um pouco, pensativo. Levantou-se da cama e saiu do quarto. Voltou, cerca de dois minutos depois, com uma caneta de tinta permanente na mão.
- Então - disse - Deixa-me escrever o meu nome na tua barriga.
Ela pestanejou, surpreendida.
***********
Ele tinha cinco anos e estava sentado, confortavelmente em frente da televisão.
- Este casaco não é teu - disse a mãe, aparecendo com um pequeno casaco roxo na mão - Porque o trouxeste?
- Serve-me.- Disse ele, encolhendo os ombros e continuando a fitar o ecrã.
A mãe suspirou, era altura de começar a ensinar o que significava possuir uma coisa.
- Anda cá - disse a mãe. Pegando na sua pequena mão, a mãe desenhou as letras do nome dele a tinta permanente, na etiqueta de uma camisola.
M A T T
- Vês? Agora a camisola é tua, e nunca mais a vais perder.